Escritório de advocacia: vale a pena migrar de autônomo para PJ?

No cenário jurídico atual, muitos profissionais se deparam com uma dúvida recorrente: advogado autônomo ou PJ, qual a melhor estrutura para o exercício da atividade? 

Essa decisão pode impactar diretamente na carga tributária, nas oportunidades de crescimento e até na percepção de mercado.

Neste artigo, vamos abordar os principais fatores que devem ser considerados antes da migração de um modelo para o outro, com foco em redução de custos, ganho de eficiência e conformidade fiscal.

Entendendo os modelos: advogado autônomo ou PJ

Quem é o advogado autônomo?

O advogado autônomo atua como pessoa física, geralmente prestando serviços para clientes diversos, emitindo recibos e recolhendo impostos como o Carnê-Leão

É um modelo simples para iniciar, mas que pode se tornar limitado conforme o volume de clientes aumenta.

O que é ser advogado PJ?

Já o advogado PJ (Pessoa Jurídica) representa o profissional que formaliza um CNPJ, podendo atuar por meio de uma sociedade unipessoal (como a SLU), ou com sócios, enquadrando-se em regimes tributários como Simples Nacional ou Lucro Presumido.

Essa formalização oferece benefícios fiscais, facilita a contratação por empresas e amplia as possibilidades de crescimento do escritório

Vantagens e desvantagens: advogado autônomo ou PJ

 

Para tomar uma decisão embasada, é importante comparar os dois formatos. 

Veja a seguir uma tabela que resume os principais aspectos:

Comparativo: Autônomo x PJ

 

Aspecto Advogado Autônomo Advogado PJ
Tributação IRPF (Carnê-Leão) e INSS Simples Nacional ou Lucro Presumido
Carga tributária Até 27,5% de IR + 20% de INSS Pode chegar a 6% no Simples (Anexo IV ou V)
Emissão de notas Recibo de pagamento Nota fiscal com CNPJ
Dedutibilidade de despesas Limitada Possibilidade de abater despesas operacionais
Contratação por empresas Mais restrita Mais atrativa para grandes contratos
Planejamento financeiro Menor controle Mais profissional e estruturado
Riscos trabalhistas Pode gerar vínculo empregatício Redução significativa de riscos
Previdência Contribuição direta ao INSS Pode contribuir como pró-labore

 

Impacto tributário da escolha: como pagar menos

Uma das maiores motivações para migrar de advogado autônomo ou PJ é a economia com impostos. 

O modelo PJ permite o enquadramento no Simples Nacional, onde a alíquota pode iniciar em 6%, dependendo do fator R (relação entre folha de pagamento e receita bruta). 

Já como autônomo, a tributação pode passar de 27% ao somar IR e INSS.

Simulação de carga tributária

Suponha um faturamento mensal de R$ 15.000:

  • Como autônomo:

    • IRPF (27,5% sobre base) + INSS (20%) → pode chegar a R$ 4.500 de impostos.

  • Como PJ (Simples Nacional):

    • Se enquadrado no Anexo IV, com folha compatível ao fator R, a alíquota pode ser de 6%, totalizando R$ 900 mensais.

Essa diferença mostra o quanto a migração pode ser vantajosa do ponto de vista financeiro.

Quando é o momento certo para migrar?

A resposta depende de fatores como faturamento mensal, número de clientes, nível de formalização desejado e ambições de crescimento. 

O ponto de virada geralmente ocorre quando:

  • A receita ultrapassa R$ 6.000/mês;

  • O profissional deseja emitir nota fiscal;

  • Há interesse em contratar colaboradores;

  • O advogado começa a prestar serviços para empresas maiores.

Se esses elementos fazem parte da sua realidade, a migração de advogado autônomo ou PJ deve ser considerada com urgência.

Saiba também: Novas Regulamentações Tributárias para Advogados

Cuidados antes da formalização como PJ

1. Escolha do CNAE adequado

É importante escolher a atividade correta para evitar pagamento indevido de tributos. O CNAE mais comum para escritórios de advocacia é o 69.11-7-01 – Serviços advocatícios.

2. Definição do regime tributário

Um contador especializado em advogados vai avaliar se o Simples Nacional ou Lucro Presumido é mais vantajoso, considerando o fator R e o volume da folha de pagamento.

3. Estruturação do pró-labore

O pró-labore deve ser definido de forma estratégica para garantir contribuição previdenciária e manter o equilíbrio da carga tributária.

4. Emissão correta de notas fiscais

A PJ deve estar cadastrada na prefeitura do município para emissão de nota fiscal de serviços eletrônica (NFSe), item indispensável para firmar contratos com empresas.

Benefícios práticos de atuar como PJ

Profissionalização do escritório

A formalização melhora a imagem profissional e facilita a estruturação do escritório, com possibilidade de contratar equipe, alugar espaço físico e investir em tecnologia.

Acesso a crédito e financiamentos

Com CNPJ ativo, é possível ter conta PJ, acessar linhas de crédito específicas e participar de licitações.

Melhor planejamento tributário

A atuação como PJ permite simular cenários, adotar práticas de planejamento fiscal e até recuperar tributos pagos indevidamente, algo impossível como autônomo.

Erros comuns na transição de advogado autônomo ou PJ

  • Abrir CNPJ com CNAE incorreto;

  • Não considerar o fator R ao escolher o regime tributário;

  • Não emitir NF corretamente;

  • Misturar contas pessoais e jurídicas;

  • Não fazer a escrituração contábil exigida para o regime escolhido.

Por isso, o suporte de uma contabilidade especializada faz toda a diferença no sucesso dessa migração.

Conclusão: advogado autônomo ou PJ?

A migração para Pessoa Jurídica representa um avanço estratégico para advogados que desejam crescer, reduzir a carga tributária e operar com mais segurança. 

Se você ainda está atuando como autônomo e já possui uma carteira de clientes ativa, é o momento de repensar o modelo.

O formato PJ, quando bem estruturado, proporciona ganhos financeiros, maior controle sobre os recursos e liberdade para expandir o negócio.

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