Crédito Rural: Como acessar e usar de forma estratégica

O Crédito Rural é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento da agricultura e pecuária no Brasil, sendo um dos principais pilares que sustentam o crescimento do setor agropecuário. 

Esse tipo de financiamento oferece aos produtores rurais recursos necessários para investir em tecnologia, infraestrutura, insumos e até na expansão da produção, contribuindo diretamente para o aumento da produtividade e competitividade do agronegócio brasileiro. 

Neste artigo, vamos explorar como acessar o Crédito Rural e como utilizá-lo de maneira estratégica para maximizar os benefícios e garantir a sustentabilidade financeira da propriedade rural.

O que é o Crédito Rural?

O Crédito Rural é uma modalidade de financiamento destinada a produtores rurais, cooperativas e agroindústrias, com o objetivo de fomentar a produção agropecuária. 

Esse crédito pode ser utilizado para diferentes finalidades, como custeio, investimento e comercialização da produção.

 Além disso, existem linhas de crédito específicas voltadas para a aquisição de maquinário, irrigação, armazenagem e outras necessidades do setor rural.

Esse tipo de crédito é oferecido por diversas instituições financeiras, incluindo bancos públicos e privados, cooperativas de crédito e agências de desenvolvimento. 

O governo brasileiro, por meio do Plano Safra, também desempenha um papel essencial na oferta de Crédito Rural, subsidiando juros e criando condições facilitadas para o acesso ao crédito.

Tipos de Crédito Rural

Existem diferentes modalidades de Crédito Rural, cada uma voltada para atender às necessidades específicas dos produtores rurais. 

A seguir, detalhamos os principais tipos:

  1. Crédito de Custeio: Esse tipo de crédito é destinado a cobrir as despesas do ciclo produtivo, como a compra de insumos, sementes, defensivos, fertilizantes e pagamento de mão de obra. É uma modalidade de curto prazo, geralmente com vencimento ao final da safra.
  2. Crédito de Investimento: Voltado para investimentos de longo prazo, como aquisição de maquinário agrícola, construção de silos, sistemas de irrigação, entre outros. O prazo para pagamento costuma ser mais alongado, podendo variar conforme o tipo de investimento.
  3. Crédito de Comercialização: Esta modalidade tem como objetivo garantir recursos para o produtor armazenar sua produção e comercializá-la no momento mais oportuno, maximizando os lucros. É uma linha de crédito muito utilizada em períodos de safra, quando os preços tendem a ser mais baixos.
  4. Crédito para Inovação e Sustentabilidade: Com foco em práticas sustentáveis e na adoção de novas tecnologias, esse crédito incentiva o uso de técnicas que promovam a sustentabilidade ambiental, como a agricultura de precisão, sistemas agroflorestais, entre outros.
  5. Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar: Destinado à agricultura familiar, o Pronaf oferece condições diferenciadas de financiamento, com juros mais baixos e prazos mais longos, visando apoiar pequenos produtores.

Como Acessar o Crédito Rural

Acessar o Crédito Rural pode parecer um processo complexo, mas com a preparação adequada e o conhecimento das etapas necessárias, é possível obter os recursos de forma eficiente. 

Veja os passos essenciais:

  1. Planejamento Financeiro: Antes de buscar o crédito, é fundamental que o produtor rural tenha um planejamento financeiro bem estruturado. Isso envolve a elaboração de um plano de negócios detalhado, onde se identifique as necessidades de financiamento, os custos envolvidos e a capacidade de pagamento.
  2. Escolha da Instituição Financeira: Diversas instituições oferecem Crédito Rural. É importante pesquisar e escolher aquela que oferece as melhores condições, como taxas de juros, prazos e exigências de garantias. Bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, são grandes ofertantes desse tipo de crédito, mas cooperativas de crédito também podem ser boas opções.
  3. Documentação Necessária: Para solicitar o Crédito Rural, é necessário apresentar uma série de documentos, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) para agricultores familiares, além de documentos pessoais e do imóvel rural. Ter toda a documentação organizada e atualizada agiliza o processo de concessão do crédito.
  4. Elaboração do Projeto Técnico: Em muitos casos, especialmente para créditos de investimento, é necessário apresentar um projeto técnico elaborado por um engenheiro agrônomo ou outro profissional capacitado. Esse projeto deve detalhar o uso dos recursos, os benefícios esperados e a viabilidade econômica do investimento.
  5. Análise e Aprovação: Após a entrega de todos os documentos e do projeto técnico, a instituição financeira fará uma análise de crédito, avaliando a capacidade de pagamento do produtor, a viabilidade do projeto e as garantias oferecidas. Se aprovado, o crédito é liberado conforme as condições acordadas.

Uso Estratégico do Crédito Rural

Obter o Crédito Rural é apenas o primeiro passo. O uso estratégico desses recursos é importante para garantir que o financiamento traga os resultados esperados e não se transforme em uma dívida impagável. 

Abaixo estão algumas dicas para o uso estratégico do Crédito Rural:

  1. Investimento em Tecnologia: A tecnologia é um dos principais fatores que impulsionam a produtividade no campo. Utilizar o Crédito Rural para adquirir maquinário moderno, sistemas de irrigação eficientes e soluções de agricultura de precisão pode trazer retornos significativos, aumentando a competitividade da propriedade rural.
  2. Diversificação de Culturas: Em vez de concentrar os recursos em uma única cultura, considere utilizar o Crédito Rural para diversificar a produção. Isso pode reduzir os riscos associados a pragas, variações climáticas e oscilações de mercado, garantindo uma fonte de renda mais estável.
  3. Práticas Sustentáveis: Investir em práticas agrícolas sustentáveis não só ajuda a preservar o meio ambiente, como também pode trazer benefícios econômicos a longo prazo. Sistemas de rotação de culturas, plantio direto e agroflorestas são exemplos de práticas que podem ser financiadas com o Crédito Rural.
  4. Gestão do Fluxo de Caixa: Um erro comum entre os produtores rurais é não fazer uma gestão adequada do fluxo de caixa após obter o crédito. É essencial monitorar de perto as entradas e saídas de recursos, garantindo que o pagamento das parcelas do crédito não comprometa a operação da propriedade.
  5. Assessoria e Consultoria: Contar com a ajuda de profissionais, como agrônomos, contadores e consultores financeiros, pode fazer toda a diferença na hora de planejar e executar o uso do Crédito Rural. Eles podem oferecer insights valiosos e ajudar a evitar erros comuns na gestão dos recursos.

Benefícios do Crédito Rural

O acesso ao Crédito Rural oferece uma série de benefícios para o produtor rural e para o desenvolvimento do agronegócio como um todo. Entre os principais, destacam-se:

  1. Aumento da Produtividade: Com recursos para investir em insumos, tecnologia e infraestrutura, o produtor consegue aumentar sua produtividade e, consequentemente, sua lucratividade.
  2. Expansão da Produção: O crédito permite que o produtor expanda sua área cultivada ou sua criação, alcançando novos mercados e aumentando a escala de produção.
  3. Melhoria na Qualidade dos Produtos: Investimentos em tecnologia e boas práticas agrícolas, viabilizados pelo Crédito Rural, resultam em produtos de maior qualidade, atendendo às exigências do mercado interno e externo.
  4. Sustentabilidade e Inovação: Linhas de crédito voltadas para a inovação e sustentabilidade incentivam práticas que preservam o meio ambiente e garantem a longevidade da atividade agrícola.
  5. Segurança Financeira: O Crédito Rural bem utilizado pode ser uma ferramenta para melhorar a gestão financeira da propriedade, proporcionando maior estabilidade e segurança ao produtor.

Considerações Finais

O Crédito Rural é uma poderosa alavanca para o crescimento do agronegócio no Brasil. No entanto, acessar e utilizar esses recursos de forma estratégica é essencial para garantir que os benefícios superem os custos e riscos associados ao financiamento. 

Com planejamento, assessoria adequada e uma visão clara dos objetivos, o Crédito Rural pode ser o impulso que sua propriedade precisa para alcançar novos patamares de produtividade e sustentabilidade.

Se você é um produtor rural ou faz parte de uma cooperativa, não subestime o poder do Crédito Rural. Informe-se, planeje e utilize esses recursos de forma inteligente para garantir o sucesso e o crescimento contínuo do seu empreendimento no campo.

Imposto sobre Propriedade Rural: como fazer a declaração Tributo responsável por recolher tributos sobre o terreno rural, o Imposto sobre Propriedade Rural (ITR) foi criado na ocasião da Constituição Federal de 1891, figurando no inciso de VI do artigo 153. O ITR segue uma política de estímulo à produção rural, ao trabalhar com alíquotas mais altas para propriedades com grande parcela de terrenos improdutivos. Na atualidade, o Imposto sobre Propriedade Rural é gerido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), conforme previsto pelo Estatuto da Terra. Continue a leitura para compreender como realizar a sua declaração do ITR. O que é o Imposto sobre Propriedade Rural? Também conhecido por sua sigla ITR, é o tributo pago por qualquer pessoa física ou jurídica que a partir de 1° de janeiro, seja apurado como detentor de propriedade, título do domínio útil ou qualquer outro – inclusive de usufruto –, sobre terreno ou imóvel situado fora do perímetro urbano, ou zona classificada como rural. O Imposto sobre Propriedade Rural tem como propósito, além da arrecadação, o exercício de papel regulatório extrafiscal. Deste modo, a depender das condições do local – como acessibilidade ou jurisdição governamental, por exemplo – o ITR pode também ser de responsabilidade das prefeituras, havendo diferenças em sua destinação, do seguinte modo: 50% é designado à propriedade rural quando recolhido pela União; Se coletado pela Prefeitura, o valor é revertido para o município em cujo território a fazenda se situa. Confira, agora, quem é o contribuinte obrigado ao ITR. Quando o contribuinte deve declarar imposto sobre a propriedade territorial rural? O Imposto sobre Propriedade Rural é uma obrigação fiscal que deve ser cumprida todos os anos. Sua declaração deve ser submetida às autoridades até o último dia útil do mês de setembro. A perda da posse, domínio ou titularidade da terra ao longo do ano de exercício não isenta o contribuinte de apresentar a Declaração de Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), quando esta se der por: Desapropriação por utilidade ou necessidade pública; Para destinação à reforma agrária; Por Interesse social. Estão isentos do recolhimento de ITR proprietários inferiores a 30 hectares, entretanto, existem determinadas localidades no território nacional para as quais a mensuração se diferencia. São elas: Na Amazônia Ocidental ou no Pantanal: estão isentas propriedades menores que 100 ha; No Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental, estão isentos terrenos de dimensões abaixo de 50 ha. Vale lembrar que a isenção da Declaração de Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) só é aplicável quando o proprietário não possua outro imóvel, seja ele rural ou urbano. O não envio do Imposto sobre Propriedade Rural, o encaminhamento incorreto ou feito após o prazo estipulado submete o contribuinte à aplicação de Multa por Atraso na Entrega de Declaração (MAED). Prevista na Lei n.º 8.212 de 1991, a MAED tem valor de 2% ao mês, sobre o total de contribuições informadas. Todavia, seu custo total não ultrapassa 20% do montante devido. Ainda, o proprietário pode sofrer a perda de direito de venda do terreno rural. Como calcular o Imposto sobre Propriedade Rural? Uma das particularidades deste imposto é que o auferimento do terreno e cálculo do tributo é de responsabilidade do contribuinte. As alíquotas do ITR são progressivamente maiores conforme a área improdutiva de uma propriedade rural aumenta. Áreas do terreno cobertas por florestas ou sob leis de proteção ambiental não são taxadas pelo ITR. A fórmula para cálculo do ITR é a seguinte: VTN × área tributável ÷ área total = VTNt Deste modo, os percentuais de ITR a ser pago são divididos da seguinte forma: Pequena propriedade de alta produtividade: 0,03%; Pequena propriedade ociosa: 1%; Grande propriedade de produtividade alta: 0,45%; Grande propriedade ociosa: 20%. Como declarar o Imposto sobre Propriedade Rural? O meio de fazer a declaração do ITR é pelo Programa Gerador da Declaração, da Receita Federal. As etapas são: Preenchimento e envio da declaração; Acompanhamento do processamento da declaração; Emissão e Pagamento do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). Precisa de suporte? Obtenha ajuda especializada! Conte com o suporte da Adcal Contabilidade! 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